quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Surpresa.

Esta é a continuação do post: Assinado. Espero que gostem.

Quando saí pela porta daquele escritório, ou seja lá como posso chamar aquilo, senti um peso sobre os ombros e cai no chão de joelhos.

- Calma, bonitinho, assim você vai morrer rápido.
Olhei para o lado, mas tudo que eu vi foi um borrão. Apoiei-me em minhas mãos, parecia que eu não ia mais aguentar.

- O que...
Não consegui completar a frase, era como se eu não tivesse fôlego o suficiente para isto.

Ela deu uma breve risada.

Tirei uma das mãos do chão e botei sobre meus olhos.
Eu não enxergava mais, como?

- São os efeitos... Não perguntou sobre eles?
- Ef...

Minha voz saiu falhada. Caí ao chão.
Eu já não via mais nada. Será que estava cego ou meus olhos estavam fechados?


Acordei um pouco depois. Estava deitado no chão. Coloquei a mão sobre meus olhos antes de abri-los. Eu já não sentia o mesmo peso de antes.

Abri os olhos, a luz era forte. Fechei-os em seguida e coloquei ambas as mãos na minha face.
Escutei uma risada.

- Calma, garotão. Eu já apago as luzes.
Um estalar de dedos.

- Pronto.
Afirmou a mesma voz de antes. Parecia ser de uma criança, mas me chamou de “garotão”.

Virei de lado com dificuldade, era como se tivesse acordado de um cochilo de duas horas após uma maratona.
- Cuidado para não...
Ele não completou a frase, era tarde de mais, eu cai como um saco morto no chão.
- Tentei avisar, você está... ou melhor, estava sobre uma bancada.

Mexi-me um pouco no chão, estava sentindo bastante dor nas costas pela queda.

- Quem é você?
- Demeter, irmão mais novo de Salael.

- O que?



- Ah... Demeter, falô?
- Onde eu estou?
Levantei do chão com cuidado, me escorei na bancada.
- Na sala 1340 do 13° andar do prédio Partenon.

- Ah, ainda não sai nem do andar em que estava. Como eu vim parar aqui?
- Alessa me chamou e te trouxemos.
- Alessa?
- É, ela teve pena de ti.


Olhei ao redor, só agora eu havia reparado que não estava vendo a pessoa com quem estava conversando.

- Ham... Não é por nada não, mas... Onde você está?
- Ah, desculpa.

Uma cadeira se virou e eu pude ver um garoto que aparentava ter 12 anos de idade.

- Você é um garotinho...
Ele riu um riso debochado.
- VOCÊ é uma criança, em três mil anos não encontrei alguém que tivesse a coragem de me chamar de criança.

Lembrei de onde eu havia saído, a sala do vassalo do esquentadinho. Dei uma breve risada.

- Por que ta rindo?
- Lembrei duma vaca velha...

Ele riu.

- Ela continua desviando as chamadas?
Pareceu saber de quem eu falava.
- Todas.
Ele riu novamente.

- É, ela é assim desde o começo...


Parei e pensei. Mas nem sei no que pensei ao certo, foram tantas coisas em poucos segundos.


- Não quer saber o que houve?

Ele parecia estar adorando saber mais que eu...

2 comentários:

Rafael disse...

HAAAA.
Sabia que ia ter continuação. Demeter é a deusa da... da... do... da agricultura? Hahaha
Não lembro.
Não na tua história, obviamente... Mas enfim.

Keep going, young man. u-U

Chiih Onigiri-chan disse...

*o* Obaa \õ/
Continuação!
E... e... sem mais inspiração pra comentários...
Mas... mas
Continua siiim? *o*