segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A Última Chance pt. IV

Continuação do A Última Chance.

- Fui dar uma volta.

Respondeu o garoto de forma calma. Não sabia se seria pior ou melhor, mas, por via das dúvidas.

- À esta hora da madrugada?
- Eu não conseguia dormir.
- E pra isto precisava matar todos de susto?

- Não foi a intenção.

Os dois estavam se olhando nos olhos, mas já não sabiam o que dizer. Então veio a ordem:

- Vá para o seu quarto e tome um banho, pela manhã conversaremos, todos já perderam muito tempo de sono por sua causa.

Seguiu mudo para o quarto, pegou uma toalha e uma muda de roupa.
O pai seguiu para a sala, os avós voltaram para o quarto deles, assim como os dois irmãos menores.

Ainda no quarto, enquanto não entrava no banheiro, escutou a mãe comentando com o pai.
- Não adianta discutirem hoje, toma este chá e vamos dormir, agora esta tudo bem.

- Não esta...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A Última Chance pt. III

Continuação do A Última Chance


Acordou com a primeira gota de chuva a lhe tocar a face.
Pegou o celular e olhou as horas.

- Quatro e trinta e cinco?!

Espantou-se de como conseguiu dormir ali sendo que nem na própria cama o sono pareceu vir.

Desceu do elevado em um pulo, seguramente 5 metros de altura do chão, mas a areia fofa das dunas amorteceu a queda. Pegou a bicicleta e seguiu para casa.

Ao chegar à frente do terreno, notou as luzes acesas.
“Ferrou”, pensou consigo.

Abriu o portão e levou a bicicleta para os fundos, estava encharcado da chuva que começou ao acordar e pareceu querer acabar apenas quando ele chegou ali.


Respirou fundo e entrou pela porta.
A mãe estava na cozinha, aquecia uma água e preparava chá em uma xícara. Ela olhou para ele de canto, mas não falou nada.
Olhou para a sala e viu os avós e os dois irmãos menores o fitando preocupados.

O pai estava escorado na parede do corredor.
 - Aonde tu fostes?
Perguntou autoritário.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A Última Chance pt. II

Continuação do A Última Chance.



Caminhou aos fundos do terreno e entrou na garagem, pegou a sua bicicleta e seguiu para frente da casa.
A idéia era andar de bicicleta pra ver se ficava com sono, era desde as 22h que estava deitado e não havia jeito de dormir.

Seguiu com a bicicleta em direção a praia, foram duas quadras de calçamento ruim mal iluminado e três ainda piores com uma luz fraca de postes velhos.
Chegou à beira-mar e desceu da bicicleta, tirou os chinelos e sentiu o gelado da areia.

O cheirinho do mar o agradava.
Olhou ao redor e viu ninguém. Seguiu para uma espécie de elevado de madeira construído pelos surfistas para observar o mar. Escorou a bicicleta no mesmo e subiu-o.

Sentou ali e fitou o mar, era difícil ver algo, mas ele escutava perfeitamente o som das ondas. A pouca luz da lua que atingia a água revelava a espuma branca de uma ou outra onda.

Deitou naquela madeira úmida e gelada, desta vez tentava ver as estrelas de um céu negro e nublado.
Esticou-se, largou os chinelos ao lado, cruzou os dedos atrás da nuca como travesseiro e ficou ali.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A Última Chance pt. I

Acordou e abriu os olhos, estava em seu quarto, tudo estava escuro. Sentou-se na cama, cruzou as pernas, bocejou, começou a tatear ao redor e achou o celular. Pressionou uma tecla e viu as horas.

- Uma hora e oito minutos?!
Comentou baixo para si.

Esfregou os olhos com as mãos e tirou um pouco do cabelo da face, levantou. Pegou uma bermuda, a primeira que sentiu com as mãos e a colocou, com a camiseta a mesma coisa. Usou o celular para achar os chinelos pelo chão.
Saiu para a sala e notou que todos dormiam, como era de se esperar.
Pegou uma das chaves e saiu pelos fundos.

Apenas ao sair da casa notou o quão quente ela estava, mas, lá fora, o ventinho noturno mudava tudo.

Parou ali, logo após fechar a porta atrás de si, respirou fundo aquele ar puro tão diferente do dá cidade de onde vinha. Ficou de olhos fechados e abriu os braços, se espreguiçou.

Foi pra garagem, no fundo do terreno, pegou a sua bicicleta e seguiu para frente da casa.


~ Continua.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Retorno.

Voltei das "férias"...
E, mais uma vez, já vieram com os papos (e isto não é indireta pra ninguém) de que eu mudei "mais uma vez". A frase alta do dia foi "nossa, como tu mudo depois que volto da praia". A resposta que mais dei "obrigado, e olha que eu nem tentei me bronzear 8D".
De qualquer forma, fiz muita coisa na praia e, entre tantas, desenhei.
Rabisquei muito, meu Deus, rabisquei exageradamente. [jamais que "rabiscar" vai ser de mais, mas...]
Bem, pra não deixar o primeiro dia em branco, postarei um rascunho que fiz (bem mal feito, é "rascunho" ainda, literalmente). Fiz ele inspirado na primeira parte da historia Agora eu Sei, postada aqui no Blog em Dezembro do ano passado.
Para ampliar a imagem é só clicar nela (eu acho e.e).

Usei um lapis 8b em uma folha A4 de... 200g, acho. Aqui é uma foto da webcam, assim que eu conseguir scanear, eu re-posto algo melhor.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A areia, o tempo, o ato.

O Sol se punha no horizonte e a iluminação laranja adentrava a janela do quarto. Estava quase vazio, apenas uma mesinha no meio e a cadeira na qual estava sentado.
Olhava uma ampulheta calmamente.

- Como o tempo passa, não é?

Falava ele sozinho? Quem sabe...
A areia estava terminando de passar para a parte inferior da ampulheta.

- Quisera eu saber a resposta para tantas perguntas que preenchem meu coração.

Estava quase acabando.

- Mas, eu sou apenas mais um humano... De nada sei, de tudo sei...

Lá se iam os últimos milhares de grãos de areia. Caíndo, empilhando, contando...

- De nada sei, de tudo sei... A areia cai, o tempo passa...

Pôs a mão sobre a ampulheta, esperou a areia acabar.

 E, em um movimento brusco, jogou-a contra a parede.

- Mas eu não ficarei aqui parado.




Fim.




Amanhã viajo, espero que minhas 'férias' sejam boas. Ótimos 10 dias a todos.
Nos falamos por aí.
E, lembrem-se: Não deixem a áreia passar sem que façam algo.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Surpresa.

Esta é a continuação do post: Assinado. Espero que gostem.

Quando saí pela porta daquele escritório, ou seja lá como posso chamar aquilo, senti um peso sobre os ombros e cai no chão de joelhos.

- Calma, bonitinho, assim você vai morrer rápido.
Olhei para o lado, mas tudo que eu vi foi um borrão. Apoiei-me em minhas mãos, parecia que eu não ia mais aguentar.

- O que...
Não consegui completar a frase, era como se eu não tivesse fôlego o suficiente para isto.

Ela deu uma breve risada.

Tirei uma das mãos do chão e botei sobre meus olhos.
Eu não enxergava mais, como?

- São os efeitos... Não perguntou sobre eles?
- Ef...

Minha voz saiu falhada. Caí ao chão.
Eu já não via mais nada. Será que estava cego ou meus olhos estavam fechados?


Acordei um pouco depois. Estava deitado no chão. Coloquei a mão sobre meus olhos antes de abri-los. Eu já não sentia o mesmo peso de antes.

Abri os olhos, a luz era forte. Fechei-os em seguida e coloquei ambas as mãos na minha face.
Escutei uma risada.

- Calma, garotão. Eu já apago as luzes.
Um estalar de dedos.

- Pronto.
Afirmou a mesma voz de antes. Parecia ser de uma criança, mas me chamou de “garotão”.

Virei de lado com dificuldade, era como se tivesse acordado de um cochilo de duas horas após uma maratona.
- Cuidado para não...
Ele não completou a frase, era tarde de mais, eu cai como um saco morto no chão.
- Tentei avisar, você está... ou melhor, estava sobre uma bancada.

Mexi-me um pouco no chão, estava sentindo bastante dor nas costas pela queda.

- Quem é você?
- Demeter, irmão mais novo de Salael.

- O que?



- Ah... Demeter, falô?
- Onde eu estou?
Levantei do chão com cuidado, me escorei na bancada.
- Na sala 1340 do 13° andar do prédio Partenon.

- Ah, ainda não sai nem do andar em que estava. Como eu vim parar aqui?
- Alessa me chamou e te trouxemos.
- Alessa?
- É, ela teve pena de ti.


Olhei ao redor, só agora eu havia reparado que não estava vendo a pessoa com quem estava conversando.

- Ham... Não é por nada não, mas... Onde você está?
- Ah, desculpa.

Uma cadeira se virou e eu pude ver um garoto que aparentava ter 12 anos de idade.

- Você é um garotinho...
Ele riu um riso debochado.
- VOCÊ é uma criança, em três mil anos não encontrei alguém que tivesse a coragem de me chamar de criança.

Lembrei de onde eu havia saído, a sala do vassalo do esquentadinho. Dei uma breve risada.

- Por que ta rindo?
- Lembrei duma vaca velha...

Ele riu.

- Ela continua desviando as chamadas?
Pareceu saber de quem eu falava.
- Todas.
Ele riu novamente.

- É, ela é assim desde o começo...


Parei e pensei. Mas nem sei no que pensei ao certo, foram tantas coisas em poucos segundos.


- Não quer saber o que houve?

Ele parecia estar adorando saber mais que eu...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Aleatoriedade 2

O ser humano se difere dos outros animais, principalmente, por não fazer sempre o que realmente sente e quer no momento em que quer; muitas vezes, prefere se forçar a fazer o que não quer para manter esta falsa ordem problemática que chamados de sistema social. E é por isto que existe infelicidade e mágoa, porque o ser humano insiste em fingir sentimentos e isto vai contra sua natureza. Somos animais no fim das contas.  



Era isso, esta aleatoriedade vai ser curta assim.


Provavelmente tenham alguns erros de potuguês, desculpem, principalmente com os "pq's" da vida, nunca lembro qual usar e quando usar.

E, hey, acho que sei de onde me inspirei pra esta aleatoriedade, mas nem lembrava (memoria ruim ou ego que interferiu, não sei ç.ç). LEIAM o que me inspirou clicando AQUI 8D [é o post de uma amiga minha num blog que temos em comum \o\]

domingo, 2 de janeiro de 2011

Uma Fic Diferente


Sugestão de musica para acompanhar a leitura: Frühling In Paris - Rammstein

 
Estava lá, no outro canto do bar.
Escorada na parede próxima a algumas amigas. Olhava para o copo de bebida em sua mão e parecia contar os minutos enquanto o gelo derretia.
Será que havia levado um bolo? Será que havia acontecido algo?
Não me importava, sua face era linda e seu corpo me chamava.
Mas, ela não tirava os olhos daquele copo e eu não sabia se deveria me aproximar ou não.
E, na realidade, devia!
Sai do meu canto avisando meus amigos que já voltaria, ou não, mas que não precisavam me esperar. Que poderiam voltar para o hotel ou ir para onde quisessem sem mim.

“Você tem certeza? Você não sabe Frances e já notamos que nem todos em Paris sabem Inglês.”
Fiz uma piada e rimos, eu não me preocupava com aquilo. Tudo que eu queria era estar la perto dela.

Segui para o outro lado do bar.

“Hi” falei para ela.
Ela respondeu algo em Frances.
“Sorry, I don’t understand, don’t you speak English?”
Ela riu. Me puxou para perto de umas amigas dela.

Falou algo para uma delas, uma ruiva muito linda, mas menos linda que ela.
“Sorry, she doesn’t speak English.”
Oh, I see…”
Ela falou algo para esta amiga.
“She wants to know your name.”
“Oh, sorry. Andrews. And hers?”
“Michelle said you’re cute and she liked your name.”
Dei uma breve risada.
“Could I pay you and your friends a drink?”
Perguntei olhando para Michelle.
SURE!”
A amiga respondeu. Na mesma hora Michelle bateu no braço dela e falou algo em Frances, imagino que tenha dito algo como “o que você falou? O que ele falou? Não responda por mim!”
Sei que ver as duas discutindo me fez rir, e fez as outras amigas dela rirem também.
“Michelle says that it would be good to drink something.”
Paguei um drink para elas e sentamos juntos em uma mesa que havia sido liberada. Conversei com algumas delas e parece que fiz com que as amigas dela gostassem de mim. Tanto que a primeira amiga, a Ania, que nem francesa é, me deu uma força com a Michelle.

Eram quase duas da madrugada e decidi tentar convidar Michelle para outro lugar.
“So... Michelle, would you go with me to another place?”
“She WILL!”
Respondeu uma amiga dela que falava um pouco de inglês.
Tive que rir novamente.
Michelle nos olhou.
Ania resolveu a situação.
“She asked you if you have somewhere to stay tonight.”
“Does SHE have?”
Respondi.
Acho que as amigas dela entenderam tudo.
Sei que eu e Michelle saímos do bar sozinhos. As amigas dela falaram para eu não me preocupar e ir com ela para os lugares que ela me levasse.

Decidi aceitar e fomos de taxi.

~Continua.

Some English


[SO… I decided to translate my posts to English and try to know if someone would read it and post a comment… It would be so grateful to have a foreign comment… I should know well how to write in English, because I’m a teacher here (Brazil), but I’m only 18yo, I’ve never been abroad AND… OK, no more excuses. xD] [Forgive me if I make any mistake]

Hey, I don’t even know how to add music app in my blog, and I promise I’ll learn it in 2011.
But, I’d like to propose the readers to listen to a song while reading this story: Sanpai! Hanabi Hyakkei – Charlotte. It’s difficult to find this song on youtube or anywhere else, but you can click here and a link will direct you to 4shared. Anyway, you don’t need to download this song, just listen to it online clicking on “play”.

Good reading and Happy New Year, whichever is the meaning of this for you.

The Sky was dark and it wasn’t possible to see clouds in any direction you looked. Stars were shining like diamonds and the Moon was the biggest and most beautiful of the pearls.

The city lights  were almost null if compared to the illumination to guide the citizens between downtown, the temple, the cherry blossom park and the Lake of Light.

Her kimono was light blue and had some butterflies plates that far away looked like sakuras. She was there, standing, watching the moon reflected in the lake, a part of her hair was covering her face and she had this beautiful smile which was pure and sort of childish. With one hand she handed an envelope and with the other hand she was playing with her hair.

I decided I had observed her enough and  I should go to her side  before she got to think I wasn’t going to show up.
It was close to midnight and we were supposed to meet there at 11:45pm.

- Hi!
I said in a happy way.
- Hey… I thought you were not going to come anymore…
She commented, her expression was of irritation.
- Sorry. I got here on time, but I stood away to observe you, you’re so beautiful…

- Anyway, to make me worry waiting for you?
- But... I swear it will never happen again…

- Silly! I saw you waiting as soon as I got here, but I like to know that you like to observe me, that I cause you interest… What’s more, it has been 10 years since you’ve started to say you would change and you are still the same…
I laughed, embarrassed.
She came to my side and involved my arm with hers. She was shorter than me.
- Should we be going?
She came with her face closer to mine.

- Sure…
I kissed her.

~Continued. 
So, if anyone read this I'll post the rest, because I've already done that with the Portuguese (BR) version. Thanks for reading.