domingo, 12 de dezembro de 2010

Caminhar contigo...

Esta é a continuação, leia a:
Parte 1/4
Parte 2/4


O veterinário fica a poucas quadras de casa e resolvemos ir caminhando até lá.

No caminho encontramos alguns vizinhos que, aparentemente, ainda não haviam notado que ela estava saindo da minha vida.
Escutamos todos os tipos de pergunta, desde o “como anda o casal de pombinhos? Não vão deixar a chama da paixão apagar, eim?!”, da Dona Rosa, ao “E ai, Muri? Beleza? A Dani ta cada vez mais gatinha, cara. Não vai deixar ela fugir, pois eu vou estar pronto pra roubá-la para mim.”, do retardado do Dimitri.

Em resumo, a caminhada de 10 minutos durou 20 longos minutos regados de frases desnecessárias.

Se bem que... Durante estes vinte minutos eu estive ali, perto dela... Acho que, mesmo com tantos foras dos meus vizinhos, valeu à pena.


Depois dos primeiros 5 encontros inesperados e das cinco piores frases, eu e ela começamos a rir de nossa própria situação. Quando encontrávamos alguém, ela já abraçava meu braço e falava que a vida estava melhor do que nunca e que eu era o melhor cara que ela jamais conheceria, “pena que eu era muito desligado”, ela completava.

Ao chegarmos à quadra do veterinário, estávamos de mãos dadas e rindo, era o paraíso... Era, pois assim que não vimos mais conhecidos e passou uns segundos, ela soltou meu braço.

- Então...

Foi a palavra que ela usou, acho que ela queria puxar conversa, mas não sabia o que falar.

- É...

O problema: eu também não sabia o que falar.

- Como ele foi
- Outro dia eu

Falamos ao mesmo tempo.

- Pode falar...
- Fala você, se demorar de mais vai acabar esquecendo o que queria dizer.

Ela riu.
Eu já não sabia mais se ria ou não.

- Outro dia eu... Estava procurando algumas fotos nossas e encontrei algumas que tirei de você e suas amigas.
- Sério? Quero ver depois, lembre de me mostrar!

Ela demonstrou real entusiasmo.

- Si-sim! Mostro sim, aproveito e mostro as fotos que tirei esta semana para a revista.
- Claro, fazem alguns dias que eu não vejo suas fotos e não sei se terei como comprar a revista essa semana.

Quando entramos pela porta da clínica, Heracles pulou por cima do cercado onde ficam os cachorros esperando seus donos e correu para ela.
Depois de receber carinho ele veio para mim.

Cumprimentamos alguns conhecidos, a secretária e o veterinário. Daí, seguimos para casa.

Paramos algumas vezes para cumprimentar mais algumas pessoas, ouvir mais algumas frases desnecessárias e deixar com que o Heracles fizesse suas necessidades ou brincasse com alguma criança ou algum cachorro.

Conversamos... A volta pareceu demonstrar ainda mais a distancia que existia entre nós.

- Já estamos chegando...
- É, a volta foi mais rápida?
- Acho que não... - olhei o relógio - Nossa, já são seis e meia.

- O dia voou, não?
- Verdade...

- A tarde foi bem agradável, muito obrigada.
- Eu também achei, não precisa agradecer... foi algo recíproco.

Paramos na calçada em frente a casa.

- Sabe...

2 comentários:

Sara G. disse...

maaaaaaaaaais, quero maaaaais!!

Alex disse...

fdp olha o final... continua logo isso mew xD, de boa
to ficando com uma agonia terrivel ake
>.<