sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo

Hey, nem sei como colocar aplicativos de som no blog, prometo descobrir pro ano que vem...
Mas, gostaria de oferecer, como dica para acompanhar a leitura, a seguinte musica Sanpai! Hanabi Hyakkei - Charlotte. Vai ser difícil achar ela no youtube ou pra ouvir por ai, mas podem clicar aqui que vão ser direcionados ao 4shared em um link para baixar a musica, dai não precisa baixar, é só utilizar a prévisualização que aparece sozinha e clicar em play.

Boa leitura e Feliz Ano Novo, seja lá o que isto signifique para você.

O céu estava negro e não era possível avistar nuvens, qualquer fosse a direção na qual olhasse. As estrelas brilhavam no céu como diamantes e a Lua era a mais bela e gigante das pérolas.

As luzes da cidade eram quase nulas e perto da iluminação forte que guiava os cidadãos entre o centro da cidade, o templo principal, o parque das cerejeiras e o Lago da Luz.

O kimono dela era de um tom azul claro e tinha alguns detalhes que lembravam sakuras. Ela estava lá, parada, olhando a lua refletida no lado, com um pouco do cabelo caído no rosto e um sorriso lindo, puro, infantil. Segurava na mão esquerda um envelope e com a direta enrolava a ponta de seu cabelo negro e liso.

Decidi que já havia observado ela o suficiente e deveria me aproximar de uma vez, antes que ela achasse que eu não apareceria.
Já era quase meia noite e havíamos marcado o encontro para as 11:45h.

- Oi...
Falei feliz.
- Hey... Achei que você não viria mais...
Ela comentou, sua expressão era de irritação.
- Desculpa. Eu cheguei no horário, mas fiquei te observando ali de longe, você é tão linda...
- Mesmo assim, me deixar preocupada te esperando?
- Mas... eu juro que não vai mais se repetir...

- Bobinho! Eu te vi me esperando logo que eu cheguei, mas eu gosto de saber que você gosta de me observar, gosto de saber que eu te causo interesse... Fora que, já fazem dez anos que você diz que vai mudar e continua o mesmo...
Eu ri, embaraçado.
Ela chegou do meu lado e abraçou meu braço. Era um pouco mais baixa que eu.
- Vamos?
Ela aproximou o rosto do meu.


- Claro...
Beijei ela.

Andamos em direção ao lado norte do lago, aonde ficava uma espécie de píer enorme onde grande parte das pessoas que não iam aos templos ficavam para esperar a queima dos fogos.

- Este ano você acabou a escola...
Ela comentou.
- E você passou para o ultimo ano.
Sorri.

- Já sabe onde vai estudar?
- Ainda não, mas ainda tenho tempo pra pensar.

- O que você quer estudar não é ensinado nas universidades aqui da região...
- Então eu vou ter que mudar de cidade.
Continuei sorrindo.
- Você se faz de bobo?
- Hm?

Ela continuava com o pacotinho na mão, olhava constantemente para ele.
Caminhamos mais um pouco até chegar ao píer. Decidi quebrar o silencio.
- E você, já sabe aonde vai?
- Como assim?
- Depois que acabar a escola...
- Ah... eu...

Ela não completou.

Fomos até um canto que dava de frente pro meio do lago e paramos escorados na cerca. Ela decidiu sentar na beirada e eu fiz o mesmo.

- Já vai começar.
Falei.

Ela não me olhou.

E então, quietos como estávamos, mesmo com todas as vozes ao redor, escutamos o primeiro som.

E subiu aos céus.

E estourou como se fosse uma grande flor de luz a se abrir.

Ela falou algo baixinho, eu não entendi.

Os fogos continuaram e sua quantidade só aumentava. A imensidão negra se tornava uma mistura de cores e formas.

- O que?
Perguntei.
Ela repetiu, mas só pude ver seus lábios mexerem, o resto da face era coberto pelos cabelos lisos dela.
- Eu não te ouvi.
Cheguei mais perto.
Ela me abraçou com força e falou no meu ouvido.
- Você vai me abandonar aqui?
E então eu senti as lagrimas tocando a minha face, ela estava chorando muito, muito mesmo.
O abraço era forte, de desespero, de dor, e o choro era profundo, eu sentia que vinha do fundo do coração dela.
Abracei ela.
- Eu... não vou te abandonar, jamais.
Ela continuou chorando.
- Hey...
Ela não parou.
Afastei ela um pouco e toquei de leve no queixo dela, fiz com que a face dela ficasse na minha direção. Mas, ela não me olhava, apenas chorava de olhos quase fechados.
Beijei os lábios dela.
- Eu não vou te abandonar...
Ela não parou.
Aproximei meus lábios da orelha dela, tirei o cabelo dela da frente com a minha mão e repeti, com mais ímpeto.
- Eu não vou te abandonar!

Ela parou. Abriu os olhos, as lagrimas ainda vertiam deles.
- Sabe por quê? Por que eu te amo.
O choro diminuía.
- E eu quero casar com você!
Os olhos dela se abriram mais.

A expressão dela era a de quem não sabia o que dizer.

As luzes diminuíam no céu.

Puxei do bolso uma pequena caixinha aveludada em forma de onigiri.
Ela riu.

Eu abri a caixinha na direção dela.
Ela olhou o anel, limpou um pouco as lagrimas.

- Eu te conheço há 10 anos, eu te conheço muito bem, você me conhece muito bem. Crescemos juntos, somos quem somos por termos nos ajudado a chegar aonde estamos. E, depois de 8 anos de amizade, descobrimos 2 anos de amor e eu quero que estes dois anos continuem por uma vida inteira. Uma vida inteira ao seu lado.
Ela me abraçou, sem dizer nada... e voltou a chorar.
- Espero que esteja chorando de felicidade.

Os fogos de artifício ainda brilhavam no céu, mas eram em menor quantidade...
 
Ela entregou o pacotinho e eu o abri. Dentro havia um amuleto de boa sorte para os estudos.

Tudo ao redor ia ficando mais calmo... Alguns casais se beijavam, algumas pessoas se abraçavam, algumas famílias choravam a falta de entes queridos, mas era tudo calmo...

Fora que, ela estava ali...


E ela era tudo do que eu mais precisava.


2 comentários:

CAMI disse...

Que coisa mais nhawr/cuti! *-*
De onde a inspiração? n_n-
.o/

Mone disse...

mto linda! *-*